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Diane com livros - Sidiane Dametto_edite

Diane Berguer

Qual o gênero você escreve?

Romance de época e contemporâneo.

Para começar, gostaria de saber sua opinião sobre o cenário literário atual no Brasil. Quais são os principais desafios e oportunidades que você visualiza para escritores nacionais?

A publicação independente tem contribuído para que novos talentos sejam revelados e com isso aumentado as chances de mais leitores encontrarem novos escritores. As oportunidades se alargaram como podemos vislumbrar nos muitos títulos que são lançados principalmente na Amazon. No entanto, os desafios ainda persistem no tocante a termos que provar dia a após dia que a literatura nacional pode surpreender.

Muitos escritores usaram a literatura como uma ferramenta para abordar questões sociais e políticas. Qual é a sua visão sobre a responsabilidade do autor no que diz respeito a abordar temas relevantes em sua obra?

O escritor desempenha um papel de fundamental importância ao abordar em seus enredos temas relevantes e com isso possibilitar que mais pessoas reflitam sobre pautas que talvez lhe passem despercebidas por não fazerem parte de seu dia a dia. Com suas obras, o escritor lança luz a temas que merecem maior reflexão por parte da sociedade, difundindo conhecimento e auxiliando para que paradigmas sejam repensados de modo a contribuir para que possamos viver em uma sociedade mais justa e igualitária.

Muitos escritores têm rituais ou hábitos de escrita. Você tem algum ritual ou método específico que o ajuda a entrar no "modo escritor" quando está criando?

Eu mantenho diversos caderninhos espalhados pelos cômodos da casa e também tenho um que carrego sempre comigo em minha bolsa, com a finalidade de anotar ideias que surgem durante meu dia.

Como você acha que a literatura brasileira pode contribuir para o diálogo social e a mudança no país?

A literatura ao abordar temas atuais que merecem maior profundidade nos leva à reflexão do que queremos para nosso futuro enquanto nação, chamando a atenção para temas que muitas vezes passam despercebidos diante da correria do mundo moderno. Há de se salientar também que os livros com seus enredos envolventes nos possibilitam desenvolver a empatia nos trazendo a compreensão do que o outro está vivendo para que possamos nos solidarizar com causas e pautas que julgamos serem apenas problemas dos outros. Sem sombras de dúvidas, a literatura é um agente importante de mudança social.

Quais são os desafios que os escritores enfrentam nacionais ao tentar se destacar em um mercado tão diversificado e competitivo?

Um dos maiores desafios que os escritores nacionais enfrentam é a ideia de que tudo que vem de fora é melhor. Tal ideia é tão corriqueira que muitas vezes justifica um preconceito desmedido que não possibilita que leitores prestigiem os escritores brasileiros.

Agora, falando sobre o seu próprio trabalho, quais são as influências e temas que mais o(a) inspiraram ao escrever?

Meu trabalho é inspirado por mulheres e no desejo de serem respeitadas em suas histórias de vidas e suas escolhas. Minhas protagonistas almejam a felicidade e cada uma delas traz particularidades que remetem a mensagem de que podemos ser o que quisermos.

Qual dos seus livros você mais gostou de escrever?

Tenho vários, mas alguns deles ocupam um lugar especial em meu coração, como Um Amor para Penélope, Vidas Entrelaçadas, O Conde e a Dama do Camafeu, Um Desejo Indecente e A Noiva do Italiano, seja porque se trataram de desafios pessoais, seja porque me provaram que escrever me aproxima de pessoas, mas todos eles sem exceção me ensinaram algo que me tornou um ser humano mais empático.

Conte uma curiosidade/fato interessante sobre um de seus livros.

Um dos fatos mais interessantes é que o enredo de Vingança e Sedução, todo ele, com começo, meio e fim, surgiu a partir de um sonho que tive. O enredo e os personagens se impregnaram em mim de tal maneira que precisei encontrar um jeito de contar a história. Foi um dos livros que menos tempo levei para escrevê-lo.

O que você aconselharia a escritores aspirantes que desejam seguir seus passos na carreira literária?

Eu deixo quatro conselhos para quem quer seguir a carreira literária: leia muito, mas leia de tudo, dos clássicos até HQs, isso vai fazer com que o escritor adquira vocabulário; escreva muito, não tenha medo de praticar a escrita, só assim seu texto vai melhorar; tenha a mente aberta e não seja preconceituoso, um escritor precisa ter um olhar diferente do mundo, precisa ser sensível para captar a essência da vida; e, por fim, não tenha medo de expor suas ideias.

Agora, uma pergunta divertida para finalizar: Se você pudesse ter um personagem de um de seus livros como seu melhor amigo na vida real, quem seria e por quê?

Com certeza seria Isadora de Um Desejo Indecente, por ser leal e obstinada em defender quem ama. O tipo de amiga que levamos para vida.

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