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F Mastrolorenzo

Qual o gênero você escreve?

Ficção/ fantasia sobrenatural.

Como a literatura começou em sua vida e qual foi o momento crucial que a fez decidir se tornar uma escritora?

A literatura começou a fazer parte da minha vida desde muito cedo. Sempre fui fascinada por livros. Amava as formas das letras mais do que as gravuras, antes de aprender a ler. Depois disso, passava horas imersa em livros. A medida que fui crescendo, minha paixão só aumentou. Comecei a escrever minhas próprias histórias, criando mundos e personagens imaginários a partir do que eu queria que existisse em livros, mas que ninguém havia escrito ainda. Histórias e aventuras que apenas “surgiam” em minha mente. Escrever me proporciona uma forma de expressão e de escapismo, além de me permitir explorar diferentes temas e ideias. Através da leitura e da escrita, posso me conectar com outras pessoas e compartilhar minhas emoções e pensamentos.

Muitos escritores usaram a literatura como uma ferramenta para abordar questões sociais e políticas. Qual é a sua visão sobre a responsabilidade do autor no que diz respeito a abordar temas relevantes em sua obra?

Como escritores, temos o poder de influenciar os leitores por meio de nossas palavras e histórias, portanto é necessário tomarmos a responsabilidade ética em relação aos temas abordamos. Precisamos ser sensíveis e cuidadosos. Devemos pesquisar e compreender os assuntos que estamos abordando, a fim de evitar estereótipos, generalização ou algo inadequado. É importante dar voz às diferentes perspectivas para estimular a reflexão por meio da livro, afinal, os leitores precisam formar suas próprias opiniões ao fim da leitura.

Muitos escritores têm rituais ou hábitos de escrita. Você tem algum ritual ou método específico que o ajuda a entrar no "modo escritor" quando está criando?

Por incrível que pareça, não. Me forço a escrever um pouquinho toda semana pois tenho muitos bloqueios de escrita, mas sempre que a inspiração “bate” com força, reavalio tudo que foi escrito e simplesmente viro uma uma máquina e escrever capítulos.

Muitos escritores encontram inspiração em suas próprias experiências e vivências. Você acredita que suas vivências pessoais desempenham um papel significativo em sua obra?

Sim, com certeza. Muitos personagens tem inspiração e trejeitos meus e de conhecidos. Acredito que cada livro escrito, expõe um pouco da alma e vida pessoal do autor.

Em sua opinião, quais são os principais desafios enfrentados pelo mercado literário nacional atualmente?

Existem muitos fatores, mas acredito que três se destacam como: Desvalorização do autor nacional, como se o livro por ser nacional, não fosse bom o suficiente ou devesse ser barato demais em relação aos estrangeiros. Dificuldade de acesso ao mercado editorial, devido a falta de incentivo e marketing para autores iniciantes e contratos extremamente cabulosos que fazem parecer o paraíso, mas é o inferno na terra de um autor depois. Plágio. Eu mesma já encontrei um livro meu em grupos de telegram totalmente pirateado sendo que nunca o disponibilizei na íntegra pra isso. E o mais bizarro, é que talvez alguém que esteja lendo isso agora, busque no telegram a obra gratuitamente kkk.

A literatura nacional tem um lugar especial na formação da identidade cultural de um país. Como você acha que sua obra contribui para a representação da cultura e da sociedade brasileira?

Como modelo, não tenho uma obra específica para contribuir com a representação da cultura brasileira por meus livros se passarem em países estrangeiros como Italia e Romênia, mas pelos valores sociais e comportamentais, digamos que meus personagens são brasileiros de alma. Mas, posso dizer que a literatura nacional, de maneira geral, têm a capacidade de retratar a diversidade cultural, os desafios sociais, as tradições e os valores locais. Também pode ser uma forma de preservar e valorizar a identidade cultural ao resgatar mitos, lendas e histórias tradicionais, mantendo viva a memória coletiva e transmitir conhecimentos e valores para as gerações futuras.

Agora, falando sobre o seu próprio trabalho, quais são as influências e temas que mais o(a) inspiraram ao escrever?

Sempre amei ficção sobrenatural com histórias fantasiosas e assustadoras, com jornada do herói mesclado a monstros e criaturas assustadoras. Tolkien e Bram Stoker são grandes influências para minha literatura mais atual.

Sua obra aborda questões específicas da cultura brasileira? Se sim, que temas você considera mais importantes e por que? Se não, gostaria de falar brevemente sobre o universo em que sua obra está situada?

A saga de Ignis Luna se passa em um mundo medieval, onde caçadores de demônios e monstros enfrentam criaturas diariamente para proteger as vilas e cidades. Dentre esses caçadores, temos Elizabeth, uma aprendiz que não se lembra de seu passado, mas começa a suspeitar sobre a Ordem dos caçadores a qual faz parte e sobre os mistérios que acontece no mundo a sua volta. Uma história de aventura, suspense, romance e perigos.

Como você lida com a crítica literária e o feedback dos leitores? De que forma isso afeta seu processo de escrita?

No geral lido bem, acredito que talvez por não ter críticas negativas do meu trabalho até o momento. Mas sempre que alguém comenta sobre algo que não gostou da história ou deu uma avaliação inferior à média, tenho a tendência a ouvir e avaliar se o que foi dito é porque ainda será trabalhado nas sequências ou se de fato devo avaliar com cuidado para meus próximos trabalhos. Por enquanto não me atinge, porque sei diferenciar uma crítica construtiva de uma crítica baseada apenas em achismo pessoal. Cada um é de um jeito e tem o direito de pensar o que quer. Talvez essa não seja uma pessoa do meu público alvo e está tudo bem. No geral, claramente as críticas e feedbacks positivos me deixam ainda mais motivada e engajada em continuar minha escrita.

Quais são os projetos literários em que você está trabalhando atualmente? Como eles se encaixaram em sua trajetória como escritor?

Atualmente estou trabalhando com as continuações das minhas séries e alguns livros novos em um grande multiverso.

 Para encerrar, qual mensagem você gostaria de transmitir aos leitores e à sociedade em geral sobre o valor da literatura e da escrita em nossa cultura?

Através da literatura, podemos explorar novos mundos, vivenciar diferentes perspectivas e nos conectar com as pessoas forma única. A literatura nos permite escapar da realidade, mas também nos ajuda a compreendê-la melhor. Apoiem seus autores, pois tudo que eles fazem é por vocês.

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