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Lívia Mayer

Qual o gênero você escreve?

Chick-lit, conto, drama e romance.

Para começar, gostaria de saber sua opinião sobre o cenário literário atual no Brasil. Quais são os principais desafios e oportunidades que você visualiza para escritores nacionais?

O número de leitores no Brasil vem crescendo, mas ainda somos considerados como um país que lê pouco. É sempre um desafio para nós, escritores nacionais, além de se dedicar à escrita, contratar os serviços de capa, diagramação, edição, revisão etc. Eu mesma faço a diagramação dos meus livros e alguns até mesmo as capas, o que facilita a questão financeira. As oportunidades que vêm facilitando o crescimento de autores nacionais são as plataformas de autopublicação e vendas sob demanda, parcerias para divulgação e concursos. Divulgar ainda acredito que é um grande desafio, porque a maioria só deseja fazer parceria paga.

Muitos escritores usaram a literatura como uma ferramenta para abordar questões sociais e políticas. Qual é a sua visão sobre a responsabilidade do autor no que diz respeito a abordar temas relevantes em sua obra?

Eu gosto de abordar temas relevantes. Por exemplo, em um dos meus livros fica claro a importância de buscar ajuda e fazer terapia. Já escrevi também sobre bullying e racismo. Procuro falar sobre esses temas com leveza, apesar de gostar muito de drama. No entanto, devemos sempre trazer esses assuntos com cautela, de forma a alertar e não a propagar dissenções.

Muitos escritores têm rituais ou hábitos de escrita. Você tem algum ritual ou método específico que o ajuda a entrar no "modo escritor" quando está criando?

Quando estou no meu espaço de escrita e abro o Word já entro, automaticamente, no "modo escritora". Para facilitar a criatividade e inspiração, ouço música, de preferência a playlist do livro ao qual estou escrevendo no momento. Além da playlist, costumo criar uma pasta no Pinterest com tudo que é visualmente inspirável para personagens e/ou tema a ser escrito, o que facilita bastante, porque gosto de descrever detalhes.

Como você acha que a literatura brasileira pode contribuir para o diálogo social e a mudança no país?

Escrevendo com responsabilidade, clareza e leveza.

Quais são os desafios que os escritores enfrentam nacionais ao tentar se destacar em um mercado tão diversificado e competitivo?

É um pouco difícil trazer algo "inédito", afinal todos os livros já foram escritos. Mas aí é que está a questão: escrever algo que já existe, de forma única; da sua maneira. Sempre terá algum leitor que goste do seu jeito único de escrever.

Agora, falando sobre o seu próprio trabalho, quais são as influências e temas que mais o(a) inspiraram ao escrever?

Sempre gostei de livros em que os personagens estão em busca de algo, enfrentando problemas e que no final tudo dá certo (olha aí o clichê!). Então, como gosto muito de ler e escrever chick- lit, minha autora favorita e inspiração é Sophie Kinsella. Amo escrever, também, histórias divertidas misturadas com dramas familiares; não é à toa que a minha série favorita é This is Us.

Qual dos seus livros você mais gostou de escrever?

É difícil escolher apenas um porque livros, para mim, são como filhos. Os que mais gostei de escrever são: "Respire", que foi o primeiro que lancei como físico e a "Trilogia O Destino", que foi o primeiro romance que escrevi em 2015 e "mostrei para o mundo". Além de um ainda a ser lançado, que eu chamo de "livro do Chris" (ainda não posso revelar o título!).

Conte uma curiosidade/fato interessante sobre um de seus livros.

Alguns dos meus livros (Crônicas de Amor em Verona, Iminente, Intrínseco e Irrefutável) as protagonistas existem de verdade, foi inspirado em amigas minhas.

Que você aconselha daria a escritores aspirantes que desejam seguir seus passos na carreira literária?

Tenha foco e persistência. Escrever não é fácil, mas é tão recompensador quando você finaliza um livro e encontra leitores que gostam do que você criou. Não desista! Se ser escritor é o seu sonho, siga em frente. Pesquise o assunto ao qual irá escrever, tenha constância e disciplina. Eu vejo a escrita além de uma profissão e algo que amo fazer. Para mim, escrever é uma necessidade. E aqui vai uma frase de Clarice Lispector em "A Hora da Estrela" para inspirar: “Não, não é fácil escrever. É duro como quebrar rochas. Mas voam faíscas e lascas como aços espelhados.”

Quais são os projetos literários em que você está trabalhando atualmente? Como eles se encaixaram em sua trajetória como escritor?

Finalizei a edição do "livro do Chris", que já mencionei, ele é derivado do meu conto "Em sua atmosfera", que tive a honra de participar na antologia Divirta-se, da Qualis Editora. Escrevi baseado em alguns fatos reais. A protagonista é escritora!!! Estou aguardando para publicar, se Deus quiser, em 2024. Foi um desafio escrever essa história e fiquei muito feliz com o resultado. Recentemente escrevi um conto a ser lançado no início de dezembro, foi algo totalmente diferente do que já fiz; o leitor poderá escolher por qual caminho a protagonista deve seguir, alterando, assim, o seu final.

Agora, uma pergunta divertida para finalizar: Se você pudesse ter um personagem de um de seus livros como seu melhor amigo na vida real, quem seria e por quê?

Bruna Monteiro. Ela é a irmã do protagonista da Trilogia O Destino. É bem difícil não gostar dela, porque a Bruna é sinônimo de alegria. Ela é "sincerona", sabe? Fala as verdades que ninguém tem coragem de dizer e, acima de tudo, é uma pessoa verdadeira e ótima amiga. Sem dúvidas o tipo de pessoa que gosto de manter por perto.

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